Síndrome do mau professor

Primeiro aumenta-se o estresse, a irrabilidade. Está síndrome está sempre associada à baixa resistência à frustração. Em alguns casos os “pitis” são freqüentes, dificuldade de falar baixo e certa surdez seletiva (escuta apenas o que interessa).

Depois vem a taquicardia, a sudorese e por fim uma fase de estabilidade dos sintomas. Como se o individuo com a síndrome pudesse se adaptar aos sintomas e todo o ambiente também se acostumasse com seus gritos, “pitis” e todos os outros sintomas posteriores.

A estabilidade se dá a custa de uma catarse sublimada num padrão “intelectualoide” em forma de rótulos. Em alguns casos, entre os mais prolixos os únicos sintomas visíveis são a distribuição de rótulos em tudo aquilo que não dá conta de controlar.

Ai começa a chamar os seus alunos com mais energia de hiperativos, os que não acham nada interessante sua monótona aula de portadores de déficit de atenção, o que ele não consegue ensinar a ler de dislexo, o que ele não consegue ensinar nada, de retardado, e aquele a quem ele não consegue compreender de psicótico. Nesta fase os sintomas se estabilizam e o portador da Síndrome do Mau Professor passa a não sofrer mais ao passo que seu ambiente padece.

Seus alunos não apreendem nada, se desinteressam pela escola, desenvolvem baixa auto estima e evadem da escola. Como não conseguem suportar viver a margem de tudo, procuram um nicho onde podem se estabelecer enquanto pessoas e são arregimentados pelo tráfico. Passam a usar drogas, traficar, e são muito valorizados pelos traficantes que com muita paciência e empatia ensinam tudo como fazer.

Não se tem registro de quando a Síndrome do Mau Professor começou a se disseminar, mas sabemos que suas causas são tão diversas quanto suas formas de manifestação. Estão relacionadas a baixos salários, desvalorização profissional, má formação acadêmica, falta de opção, perfil inadequado etc. etc.

Sua profilaxia inclui políticas públicas de valorização, incentivo e desenvolvimento profissional. Maior atenção a formação acadêmica e formas de garantia de qualidade do ensino e de desligamentos de pessoas sem perfil para a profissão.

Comentários

  1. oia...
    Ainda diz que os professores são bonsinhos, há quem diga que professores são com uns tios da gente e francamente, não sei quem foi o tontinho que me disse isso, mas pensando bem até que se parecem com uns tios... tem tios bonsinhos e tem tios chatinhos, fazendo tudo algo contrario e fazendo a gente cometer loucuras antes da hora.... pra mim professores sao todos iguais, chatinhos, bonsinhos, pra mim tanto faz ate pq continuam sendo iguais na hora do ensino! Se quer mesmo ensinar alguém segure a paciênica primeiro, pois pra mim criança devia brincar mais do que estudar...kkkk e é por isso que algumas tomam um caminho muito torto no final...

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  2. Isto é sério, tenho visto com frequencia alguns professores adoecerem e seus colegas e superiores justificarem estas doenças encima dos alunos, rotulando como citado acima e nunca pela falta de recursos, estrutura fisica, emocional e tudo o que cerca a educação hoje.Logico que a falta de preparo para ser mestre é a principal delas.
    Lamentavel...mas verdadeiro. È PONTO DE REFLEXÃO

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