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Mostrando postagens de agosto, 2011

Boderline - No limite da sensibilidade

Tudo é cinza... Ela olha para mim Tudo fica colorido Tudo é bonito Não sou mais dono de mim Me Entrego Paixão intensa Tudo vale Não existe mais outra coisa que me ampare Mas logo... Frustração, decepção e ódio Tudo é vermelho! Ela não presta, nada presta Minha vida nem a mim me interessa, Quero morrer, Me mordo, Me bato, Me drogo, Me arrisco Logo em seguida estou calmo, ninguém tem nada com isso. Tudo é cinza Ela olha para mim....

Deixa-me chorar...

Deixa-me chorar... Não me venham oferecer antidepressivos, Nem venham me consolar com frases feitas, Mentiras ou fantasias para encantar crianças. Deixa-me pagar meu tributo com lagrimas por aquilo de valioso que perdi. Essa é a única forma que tenho, de me doar por algo que se foi. De fazer com o sumo de meu coração, minha mais valiosa e derradeira homenagem. Se foi importante para mim, porque tenho agora que ser indiferente? Se foi bom e perdi, porque então devo sorrir? Quero sorrir quando merecer sorrir, Quero chorar quando me arrancar pedaços. Se for frio, quero gemer, Se for quente, quero transpirar Não quero essa cultura do sem sentido, do sem valor. Quero sentir a dor, E sofrer para saber que entre espinhos e arranhões desabrocha a vida em flor.

Um remédio para cada coisa

Eu tinha muita energia quando criança, E por isso me deram ritalina, Gostava de imaginar coisas, conversar com meus amigos imaginários E logo me deram rispiridona. Certa vez meu passarinho morreu, fiquei muito triste Ai me deram fluoxetina. Haviam dias divertidos, que eu estava super animado, Outros nem tanto que eu precisava descansar, ficar em casa, As vezes até estava magoado com algum amigo, Me deram lithiun. Já adulto eu era muito irritado com as contrariedades e injustiça que eu sofria Mandaram-me tomar carbomazepina, Daí a vida não parecia mais excitante, Tudo tendia ao monótono, Fui eu mesmo buscar cocaína.