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Mostrando postagens de 2018

Estava esquecido no porão

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Estava esquecido no porão. Talvez não esquecido, mas escondido por me fazer lidar com coisas que por hora não dava conta. E por não estar precisando, não me mobilizava a procura-lo. Imaginei que o pó tomaria conta e o confundiria em meio a tantas outras coisas empoeiradas que escondo por lá. Um dia procurei, mas em seu lugar encontrei um bilhete: “fui ser feliz e não volto” Ele foi viver as viagens por mim canceladas, os sonhos por mim recalcados e tirar a limpo as duvidas que a meu respeito eu tinha. Foi se aventurar em um mundo por mim tão desejado, mas tão temido. Assim notei que não foi ele quem eu coloquei no porão, mas foi a mim mesmo, na tentativa de me esconder das culpas que a mim impus num passado em que não dava conta de ser feliz. Leonardo Duart Bastos

Saúde Mental

Não dá pra pensar em uma política de saúde mental e de assistência social sem pensar antes em uma concepção de sujeito. Se por um lado a herança positivista força fragmentar o sujeito e colocá-lo em caixinhas, a falta de aprofundamento e uma racionalidade aproximativa leva a um relativismo vazio e alienado. São divertidas as críticas que recebo quando tento sair das caixinhas (sou abstrato e viajo na maionese) ou fugir do relativismo aproximativo (sou conservador e reducionista). Sei lá, talvez seja meu jeito apaixonado de ver e comunicar as coisas que incomode mais do que a preguiça de pensar de algumas pessoas.

Roupas certas

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Troco algumas palavras, tenho cacoetes. Quando vejo que o essencial é a água, não fico elaborando a farinha. Não julgo quem prime pela perfeição, aliás até admiro e tenho me esforçado a me lapidar ao longo dos tempos. Adoro que me corrijam. Me incomoda quando descartam minhas ideias por conta das roupas que elas vestem. Pois não quero nunca esquecer o essencial. Nem quero esconder na roupa das palavras certas, ideias erradas ou inúteis.

Culpa x Responsabilidade

A diferença entre ter responsabilidade e ter a culpa está em que, em um existe o compromisso da ação e no outro a desculpa para não ação.

A Historia da Chapeuzinho Vermelho na versão do Lobo “Mau”

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Era uma vez uma linda floresta, cheia de arvores, flores, frutos e animais. Os animais viviam felizes e como era natural os herbívoros se alimentavam de plantas e os carnívoros de outros animais para poderem sobreviver. Matavam somente aquilo que era necessário para viver e tinham um respeito enorme pelos outros animais e pela natureza, pois sabiam que de alguma forma eles também seriam ou alimento para outros animais ou adubo para as flores e arvores. Lá havia uma família de lobos que viviam em uma toca na parte alta da floresta perto da nascente de um lindo e cristalino rio. O Céu era sempre azul e toda tarde chovia. Com o tempo o perigoso homem foi se aproximando da floresta. Construindo cidades e indústrias, poluía os rios e tornava cinza o Céu. Lenhadores e queimadas destruíram boa parte da floresta levando a fome e o frio para os animais. Em um canto da floresta mudara-se um casal de humanos velhos, rejeitados pelos filhos. Sua casa havia sido construída em um ponto onde

Desiserata

Vá placidamente por entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem sacrificar seus princípios, conviva bem com todas as pessoas. Diga a sua verdade calma e claramente e ouça os outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, pois eles também têm sua história. Evite as pessoas vulgares e agressivas, elas são um tormento para o espírito. Se você se comparar aos outros, pode tornar-se vaidoso ou amargo, porque sempre existirão pessoas superiores e inferiores a você. Usufrua de suas conquistas, assim como seus planos. Manter-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde, é um bem verdadeiro na sorte incerta dos tempos. Tenha cautela em seus negócios, pois o mundo é cheio de artifícios, mas não deixe isso te cegar à virtude que existe. Muitos lutam por ideais nobres e por toda parte a vida é cheia de heroísmo. Seja você mesmo. Sobretudo, não finja afeições. Não seja cínico sobre o  amor , porque apesar de toda aridez