Fotografar é Transformar.
A fotografia é um importante instrumento na construção de significações sociais. Seu estudo, portanto possibilita entender melhor essas significações, dando a oportunidade de estabelecer comportamentos críticos sobre ela, pois a fotografia permite uma ativa participação na análise de imagens que compõem nosso cotidiano. Desta forma podemos utilizá-la como uma poderosa ferramenta de transformação social.
Paulo Freire (1985) escreveu que “quando os alunos lêem imagens relacionadas ao seu cotidiano, eles podem desenvolver a imaginação e criar discussões, críticas e alfabetização com consciência crítica”. Ora, se isso acontece na escola, porque não possibilitaria o mesmo resultado na rica experiência imagética de uma comunidade?
Ainda a fotografia da a oportunidade de a comunidade utilizar um poderoso meio de expressão dos significados implícitos que permeiam o cotidiano, trazendo a tona através de cores e vida a rotina dos mais diversos espaços onde o ser humano produz sua cultura. Quando isso acontece, torna mais fácil refletir os comportamentos da sociedade. E quando refletimos nos apropriamos destas realidades nos tornando aptos a transformá-la.
Uma foto pode ser um documento histórico de uma realidade que passados alguns anos não mais estará disponível. Assim a podemos utilizar como forma de resgate da memória e dos processos históricos que nos transformaram no que somos.
Também uma foto pode ser utilizada para provocar reações, falas e percepções a respeito da imagem, dando substrato para reflexões sobre os comportamentos e percepções dos observadores ou ainda ser utilizada para a percepção e análise feita pela própria comunidade que está sendo retratada de forma a destacar traços percebidos de seu dia a dia.
Um outro aspecto que pode a fotografia revelar são os processos e recursos individuais mobilizados pelo autor da foto no momento de escolher a cena e o enquadramento. Eles revelam não só o que todo mundo vê, mas também o que é mais importante para ele. O que para ele tem um significado que o leve a colocar dentro das quatro arestas da foto isso ou aquilo que esta diante de si.
Desta forma uma foto é um rico instrumento de documentação, expressão e “feedback” que pode trazer a tona tanto elementos ruins que gostaríamos de transformar, através da denuncia pública e da comoção social como também os elementos bons e belos que podem ser vistos somente por quem está na comunidade, até que esse alguém transforme esses elementos em imagem e compartilhe com outros.
Fotografar é evidenciar o que até o ato fotográfico era visto e sentido somente por um pequeno grupo de pessoas. Fotografar é trazer para fora da retina dos olhos as imagens para discuti-la às claras visando transformá-las. Fotografar é transformar.
Leonardo Duart Bastos
Psicólogo e Fotografo
Referência: FREIRE, P. Education for Critical Consciousness. Transl. Donato Macedo. London: Sheed and Ward, 1985.
Paulo Freire (1985) escreveu que “quando os alunos lêem imagens relacionadas ao seu cotidiano, eles podem desenvolver a imaginação e criar discussões, críticas e alfabetização com consciência crítica”. Ora, se isso acontece na escola, porque não possibilitaria o mesmo resultado na rica experiência imagética de uma comunidade?
Ainda a fotografia da a oportunidade de a comunidade utilizar um poderoso meio de expressão dos significados implícitos que permeiam o cotidiano, trazendo a tona através de cores e vida a rotina dos mais diversos espaços onde o ser humano produz sua cultura. Quando isso acontece, torna mais fácil refletir os comportamentos da sociedade. E quando refletimos nos apropriamos destas realidades nos tornando aptos a transformá-la.
Uma foto pode ser um documento histórico de uma realidade que passados alguns anos não mais estará disponível. Assim a podemos utilizar como forma de resgate da memória e dos processos históricos que nos transformaram no que somos.
Também uma foto pode ser utilizada para provocar reações, falas e percepções a respeito da imagem, dando substrato para reflexões sobre os comportamentos e percepções dos observadores ou ainda ser utilizada para a percepção e análise feita pela própria comunidade que está sendo retratada de forma a destacar traços percebidos de seu dia a dia.
Um outro aspecto que pode a fotografia revelar são os processos e recursos individuais mobilizados pelo autor da foto no momento de escolher a cena e o enquadramento. Eles revelam não só o que todo mundo vê, mas também o que é mais importante para ele. O que para ele tem um significado que o leve a colocar dentro das quatro arestas da foto isso ou aquilo que esta diante de si.
Desta forma uma foto é um rico instrumento de documentação, expressão e “feedback” que pode trazer a tona tanto elementos ruins que gostaríamos de transformar, através da denuncia pública e da comoção social como também os elementos bons e belos que podem ser vistos somente por quem está na comunidade, até que esse alguém transforme esses elementos em imagem e compartilhe com outros.
Fotografar é evidenciar o que até o ato fotográfico era visto e sentido somente por um pequeno grupo de pessoas. Fotografar é trazer para fora da retina dos olhos as imagens para discuti-la às claras visando transformá-las. Fotografar é transformar.
Leonardo Duart Bastos
Psicólogo e Fotografo
Referência: FREIRE, P. Education for Critical Consciousness. Transl. Donato Macedo. London: Sheed and Ward, 1985.
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